segunda-feira, 14 de dezembro de 2009
Dispostos a mergulhar de corpo e alma no movimento hip hop, fomos conduzidos a pensar e a refletir sobre algo um pouco maior que o próprio movimento o hip hop: a periferia brasileira. Sim uma periferia enorme e contraditória, mas que muito nos inspirou devido sua enorme diversidade, através de seus personagens, situações do cotidiano, arte, luta, revolta e conflitos, um verdadeiro caldeirão de idéias.
Todas essas idéias inspiradas na periferia contextualizadas sob o ponto de vista da estética do movimento hip hop,foram transformadas em improvisos cênicos e experimentadas com muito rigor em nossa sala de ensaios ao longo do ano.
Aprendemos com esse processo que é necessário muito esforço e disciplina para concretizar algo que até então era apenas uma idéia, um sonho, e o resultado desse
trabalho foi produzir nosso primeiro espetáculo de autoria própria, uma verdadeira conquista e aprendizado.
Elenco:
Adam Rudnik: Ernesto, Soldado do Morro e Côro.
Camila Canuto: Zeus Deus, Vendedor de Sonhos e Mc Locutor
Daniel Calderaro: Dona Esmeralda, Senador Magno Mensalo e Côro
Fernando Ortolano: Vaguininho, Marcão e Côro
Gabriela Bortolozzo: Vadão, Garçonete e Côro
Josiana Lima: Garçonete, Mãe de Vaguininho, Tereza, Médica Legista e Côro
Luiz Saci: Tião Caminhoneiro, Soldado do Morro, Delegado e Côro.
Direção: Luiz Saci
APRESENTAÇÕES:
Dia: 11/12
Horário: 20h
Local: Sala 05 do Bloco Didático G-05
Unesp Rio Claro
Endereço: Avenida 24 A,1515- Bairro Bela Vista
Dia 15/12
Horário: 20h
Local: Sala de Cinema do Centro Cultural Roberto Palmari
Endereço: Rua 2 nº 2880
(Lago Azul)
sexta-feira, 11 de dezembro de 2009
Estréia da Peça "ALGUMAS TRAMAS URBANAS"
Haverá uma reprise do espetáculo para a comunidade externa, enfatizando a importância da Extensão Universitária no dia 15/12 as 20h na Sala de Cinema do Centro Cultural Roberto Palmari.
ALGUMAS TRAMAS URBANAS
Cia. Teatral Bumba-Meu-Baco
Estréia
Dia: 11/12
Horário: 20h
Local: Sala 05 do Bloco Didático G-05
Unesp Rio Claro
Endereço: Avenida 24 A ,1515- Bairro Bela Vista
Reapresentação
Dia 15/12
Horário: 20h
Local: Sala de Cinema do Centro Cultural Roberto Palmari
Endereço: Rua 2 nº 2880
(Lago Azul)
ENTRADA FRANCA
Realização: Cia. Teatral Bumba-Meu-Baco
Apoio: Proex- Pró Reitoria de Extensão Universitária/ Secretaria Municipal de Cultura de Rio Claro
Orientação Artística: Projeto de Incentivo Teatral “Ademar Guerra”- Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo.
segunda-feira, 26 de outubro de 2009
APRESENTAÇÃO DO BUMBA
A Cia. Teatral Bumba-Meu-Baco está discutindo e pensando o “teatro” desde o ano de 2005. É um Projeto de Extensão Universitária vinculado a Universidade Estadual Paulista, UNESP Campus de Rio Claro.
O grupo é composto em sua formação por estudantes universitários que buscam articular diversas linguagens em seu repertório de criação.
Atualmente, inspirados na periferia brasileira, o Bumba-Meu-Baco está disposto a revelar um contexto de relações sociais contraditórias, desenvolvendo o processo “Hip Hop em Cena” , utilizando para isso a estética do Movimento Hip Hop como referência, através da orientação artística do Projeto Ademar Guerra.
LOCAL:
Mostra Ademar Guerra Dia 02/11
Centro Cultural Roberto Palmari - Sala de Cinema
Endereço: Rua 2 nº 2880 -Bairro: Centro
Horário: 16h
ENTRADA FRANCA
quarta-feira, 15 de julho de 2009
Significado de Bumba-Meu-Baco
O nome Bumba-Meu-Baco é uma mistura do “Erudito com o popular”
A dança folclórica do bumba-meu-boi é um dos traços culturais marcantes na cultura brasileira, principalmente na região Nordeste. A dança surgiu no século XVIII, como uma forma de crítica à situação social dos negros e índios. O bumba-meu-boi combina elementos de comédia, drama, sátira e tragédia, tentando demonstrar a fragilidade do homem e a força bruta de um boi.
O bumba-meu-boi é resultado da união de elementos das culturas europeia, africana e indígena, com maior ou menor influência de cada uma dessas culturas. A dança misturada com teatro incorpora elementos da tradição espanhola e da portuguesa, com encenações de peças religiosas nascidas na luta da Igreja contra o paganismo. O costume da dança do bumba-meu-boi foi intensificado pelos jesuítas, que através das danças e pequenas representações, desejavam evangelizar os negros, indígenas e os próprios aventureiros portugueses.
A história que envolve a dança é a seguinte: Um rico fazendeiro possui um boi muito bonito, que inclusive sabe dançar. Pai Chico, um trabalhador da fazenda, rouba o boi para satisfazer sua mulher Catarina, que está grávida e sente uma forte vontade de comer a língua do boi. O fazendeiro manda seus empregados procurarem o boi e quando o encontra, ele está doente. Os pajés curam a doença do boi e descobrem a real intenção de Pai Chico, o fazendeiro o perdoa e celebra a saúde do boi com uma grande festividade.
O bumba-meu-boi possui diversas denominações em todo o Brasil. No Maranhão, Rio Grande do Norte e Alagoas a dança é chamada de bumba-meu-boi, no Pará e Amazonas, boi-bumbá, em Pernambuco, boi-calemba, na Bahia, boi-janeiro, etc.
Bumba-meu-boi.
Já a palavra Baco é relativo a Dionísio na mitologia grega, é filho de Júpiter e a mortal Sêmele, era o deus do vinho e representava a embriaguez, porém também era um promotor da civilização, legislador e amante da paz.
Segundo a lenda, Sêmele pediu para Júpiter mostrar todo o seu esplendor para ela. Júpiter tentou dissuadi-la, porém ela insistiu, fazendo com que o deus mostrasse todo seu esplendor, o que provocou sua morte, pois Sêmele era apenas uma mortal.
Com sua morte, Júpiter pegou o feto, Baco, das cinzas e o colocou em sua perna, gerando assim, o deus do vinho.
Bacco - Caravaggio.
terça-feira, 14 de julho de 2009
Performance “Hip Hop em Cena”
Utilizamos como base um pequeno fragmento do texto “Capão Pecado” do autor Ferrez , que foi associado com elementos da partitura corporal que foram trabalhados junto com imagens e fotografias projetadas simultaneamente no palco junto com os atores.
A elaboração da performance foi muito válida no sentido de intensificar o processo do grupo, exigindo minimamente alguns horários extras para a elaboração da mesma.
Como resultado da apresentação, foi somado ao processo de pesquisa a participação de alguns b. boys que após assistirem a performance, nos procuraram para ver se existia a possibilidade de se inserirem no projeto “Hip Hop em cena”. Nesse sentido foi articulado as oficinas de iniciação teatral que acontecerá durante o mês de julho para que os b. boys se insiram no processo.
Projeto de Trabalho para o ano de 2009
Compreendemos as manifestações desse movimento como uma ramificação do movimento negro em nosso país, e acreditamos ser de extrema relevância abordar essa temática, tendo em vista as atuais políticas afirmativas vigentes.
Considerando que segundo o IBGE (Instituto de Geografia e Estatística), cerca de 50,5 milhões de brasileiros têm entre 15 e 29 anos, representando ¼ da população do país. Destes, 45 milhões de jovens estão nas classes C, D e E imersos em realidades sócio-econômicas desfavoráveis que impactam fortemente em suas potencialidades de vida.
Devido a má distribuição de renda que assombra a maior parte dos municípios brasileiros, causando a segregação sócio-espacial, consideramos que a periferia brasileira tem uma contribuição muito positiva no sentido de agregar valores positivos através de sua cultura popular representada por esse segmento.
A existência da periferia nas cidades é um fato, seja ela uma metrópole, ou uma pequena cidade interiorana, muitas vezes a sua existência acaba sendo justificada por um desenvolvimento urbano-industrial que provocou uma aceleração das migrações regionais, durante os anos 1950, 1960 e 1970. Milhões de pessoas transferiram-se para o eixo Rio-São Paulo, atraídas por uma inédita oferta de empregos, gerada no seio de uma rápida industrialização, o que também levou a uma urbanização caótica. Nesse contexto podemos entender os mecanismos de surgimento das comunidades periféricas, que é o cenário principal para atuação dos ativismos sociais contemporâneos.
Julgamos ser de extrema importância discutir com a população geral os assuntos propostos e abordados pelo movimento Hip Hop.
Descrição do Processo de trabalho
O processo de montagem terá como objetivo fazer com que os atores se apropriem da forma mais coerente das manifestações sociais, políticas, culturais e artísticas do movimento hip hop. Um dos fatores que colaboram muito nesse sentido é a própria visibilidade da cidade de Rio Claro no contexto nacional das políticas afirmativas relacionadas ao movimento Hip Hop, tendo em vista que uma significativa parcela de sua população residente dos bairros mais populares é simpatizante por tal segmento.
Tal empreitada será alavancada através da pesquisa histórica bibliográfica a respeito desse tema, somadas a entrevistas realizadas com representantes e líderes comunitários locais.
Para trabalhar a manutenção técnica dos atores desde o início do processo de montagem até sua finalização serão realizadas atividades de conscientização corporal e vocal;
A intenção desse processo é revelar que através dos processos de globalização o homem popular da periferia brasileira é um grande protagonista das lutas de classes, articulando suas reivendicações em escalas locais e globais.
Tendo em vista a multiplicidade de linguagens que o movimento hip hop aborda, a dança, música e a poesia dos “raps”, além da intensidade pictória revelada pelos “graffit’s”, será necessário realizar paralelamente uma pesquisa inonográfica de imagens, sendo elas fotografias ou audiovisual.
segunda-feira, 13 de julho de 2009
Histórico do Grupo
O grupo iniciou suas atividades no ano de 2005, tendo como objetivo estimular o educador e pesquisador acadêmico a usar a criatividade, espontaneidade e redescoberta de potencialidades do corpo que colaboram para a formação do sujeito.
Através da pesquisa teatral e antropológica os arte-educadores desenvolveram em ordem cronológica as seguintes montagens: